
Corinthians está em tratativas para um contrato bilionário com nova fornecedora de material esportivo a partir de 2026, enquanto a relação com a Nike vive impasse jurídico e atritos desde 2024. A atual gestão avalia que o acordo vigente, firmado em 2018, paga apenas R$ 30 milhões anuais, abaixo da média de mercado, e não sofreu reajustes desde então. Fontes indicam que uma proposta de até R$ 1 bilhão por dez anos está em discussão, o que poderia elevar receitas e ajudar a equacionar dívidas acima de R$ 2,5 bilhões. O imbróglio jurídico envolve cláusulas de renovação automática acionadas pela Fisia/Nike e obrigações de notificação prévia que o Corinthians alega terem sido descumpridas. A decisão pode redefinir o futuro financeiro e a estratégia de marketing do Timão no Brasileirão e na Arena Corinthians.
O vínculo entre Sport Club Corinthians Paulista (Timão) e Nike existe desde 2003, mas o contrato atual, em vigor desde dezembro de 2018, não foi atualizado em valores. A Nike, por meio da Fisia (Grupo SBF), passou a operar no Brasil em 2020, enquadrando-se como representante exclusiva, fato que gerou questionamentos sobre a validade de cláusulas de renovação automática até 2029. Já em 2025, o clube acionou assessoria jurídica para avaliar possíveis violações contratuais motivadas pela não notificação sobre negociações com concorrentes. Esse cenário foi agravado após a direção corinthiana entender que, sem resposta formal da Nike à carta de renovação, o prazo expiraria em dezembro de 2025.
Augusto Melo (Presidente): Em reunião no CT Dr. Joaquim Grava em 5 de maio de 2025, afirmou existir “negociação de grande relevância” para anunciar em breve, capaz de mobilizar investimentos bilionários e equilibrar as finanças do clube.
Nike/Fisia: Oferece R$ 30 milhões anuais de remuneração fixa e royalties variando em torno de 10–14%, com proposta de aumento para até 25% nos royalties na renovação, segundo a Gazeta Esportiva.
Adidas (Potencial concorrente): Em tratativa para fornecer material ao Corinthians a partir de 2026, com valores próximos aos R$ 69 milhões anuais pagos ao Flamengo, mantendo vigência de dez anos e cláusulas de bônus por metas de vendas.
Sob o ponto de vista financeiro, o potencial contrato com nova fornecedora representaria um salto de receita de pelo menos 130% em comparação ao atual, reforçando o caixa para reforços no elenco e amortização de dívidas. Trata-se de uma carta na manga da diretoria para fortalecer o poder de negociação não apenas com fornecedores de material esportivo, mas também em possíveis renovações de patrocínio máster e naming rights. A Nike, por sua vez, tenta preservar a longevidade da parceria com ativações de marketing em jogos no Paulista e no Brasileirão, mas seu poder de barganha enfraquece à medida que perde exclusividade e enfrenta reclamações sobre serviços de distribuição.