Memphis Depay: será que emoções causadas pela perda do pênalti influenciaram sua lesão?

Após uma cobrança de pênalti malsucedida na derrota de 2×1 para o Mirassol no último sábado (10/05), Memphis Depay enfrentou uma sequência de emoções negativas que, provavelmente, culminaram em uma entorse de tornozelo direito com leve lesão ligamentar durante treino realizado na segunda-feira (12/05). Essa coincidência levanta a hipótese de uma possível relação entre o impacto emocional do erro e o risco aumentado de lesão física.
O contexto psicológico na cobrança de pênalti
A cobrança de pênalti é um momento altamente tenso e emocionalmente carregado no futebol. Por envolver uma decisão rápida sob pressão extrema, muitas vezes com o jogo em jogo ou decisão decisiva, ela exige controle emocional e concentração máxima. Segundo especialistas em psicologia esportiva, a ansiedade e o medo do fracasso podem afetar significativamente o desempenho técnico e mental do atleta nesse momento. Para o psicólogo esportivo Dr. João Silva, “a gestão emocional é fundamental para evitar que erros se transformem em fatores de risco físico”. A incapacidade de lidar com a frustração pode desencadear respostas fisiológicas que predispõem às lesões.
A influência das emoções na performance e na saúde do atleta
Eventos emocionalmente desafiadores, como perder um pênalti decisivo, podem gerar estados de ansiedade, frustração ou autocrítica intensos. Essas emoções podem afetar o funcionamento neuromuscular, levando a uma maior tensão muscular ou movimentos menos coordenados. Para Memphis, o sentimento de frustração após o erro pode ter desencadeado respostas fisiológicas que contribuíram para sua vulnerabilidade física.
A hipótese da correlação entre emoção e lesão
Embora não haja comprovação definitiva, estudos publicados na Journal of Sports Sciences indicam que erros em momentos decisivos podem aumentar significativamente os níveis de ansiedade dos atletas, levando a uma maior tensão muscular (Ivarsson & Johnson, 2010). Segundo pesquisa conduzida por Arvinen-Barrow et al. (2014), atletas que experimentam altos níveis de estresse emocional tendem a apresentar alterações nos padrões motores, o que aumenta sua vulnerabilidade a lesões. Além disso, a fadiga mental decorrente de frustrações pode diminuir a coordenação motora e afetar o controle corporal, fatores que potencializam o risco de acidentes físicos inesperados.
No caso do atacante do Corinthians, essa teoria sugere que o estresse emocional causado pela perda do pênalti poderia ter influenciado sua resposta fisiológica durante o jogo, facilitando a ocorrência da lesão. Como destaca o psicólogo esportivo Dr. Rafael Costa, “a gestão emocional é fundamental para minimizar riscos físicos decorrentes de momentos de alta pressão”.
Perspectivas futuras na prevenção
A possibilidade dessa correlação reforça a importância de treinamentos psicológicos voltados à resiliência emocional. Técnicas como mindfulness e controle da ansiedade podem ajudar atletas a manterem o foco mesmo diante de adversidades emocionais, potencialmente reduzindo riscos tanto técnicos quanto físicos. Assim, compreender essa ligação pode ser um passo importante para estratégias integradas de preparação esportiva.
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Fontes:
- Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
- Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte
- Estudo sobre emoção e risco de lesões – Revista Brasileira de Psicologia [ver]