A partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil 2025 trouxe todo o tempero esperado de um Dérbi Paulista. Com a Neo Química Arena lotada, o Corinthians recebeu o arquirrival Palmeiras em busca de uma vantagem importante para o jogo de volta no Allianz Parque.
Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis Passe de Rodrigo Garro, cruzamento de Matheuzinho e golaço de Memphis
O confronto representava uma oportunidade única para o Timão quebrar o jejum de vitórias em clássicos e, principalmente, para Memphis Depay se redimir após dez partidas contra grandes rivais sem balançar as redes. A pressão sobre o astro holandês era evidente, especialmente após as críticas da torcida sobre seu desempenho em jogos decisivos.
Primeiro tempo de emoções
A primeira etapa do dérbi foi marcada por oportunidades desperdiçadas e lances polêmicos. Aos 15 minutos, o próprio Memphis Depay foi derrubado por Gustavo Gómez dentro da área palmeirense. Após revisão do VAR, o árbitro assinalou pênalti. Na cobrança, Yuri Alberto viu Weverton fazer uma defesa espetacular, espalmando a bola para longe e mantendo o zero no marcador.
O goleiro do rival voltaria a ser protagonista dez minutos depois, quando novamente negou o gol do Corinthians, desta vez em finalização de Matheuzinho. A atuação segura de Weverton mantinha o Verdão vivo na partida.
O rival cresceu no jogo a partir dos 30 minutos do primeiro tempo. Aos 43, Giay quase inaugurou o marcador, mas André Ramalho salvou em cima da linha, demonstrando a intensidade defensiva característica dos dérbis. Na sequência, Vitor Roque também tentou, porém Gustavo Henrique afastou o perigo.
O último lance da primeira etapa gerou revolta na torcida corintiana. Em contra-ataque veloz, Garro foi segurado por Facundo Torres dentro da área, mas o árbitro não enxergou irregularidade e mandou o jogo prosseguir, deixando os donos da casa indignados.
Segundo tempo decisivo
A segunda etapa começou com o rival ditando o ritmo da partida. Abel Ferreira havia orientado seus jogadores a serem mais agressivos na busca pelo gol, e a estratégia funcionou nos primeiros minutos. Aos 11, Facundo Torres mandou na área, a bola desviou em Bidu e parou nas mãos de Hugo Souza. Na sequência, Ramón Sosa, livre de marcação, arriscou chute de fora da área.
O rival continuou pressionando, enquanto o Corinthians se segurava e aguardava o momento certo para o contra-ataque. A estratégia de Dorival Júnior era clara: apostar na velocidade de Memphis e Yuri Alberto nos espaços deixados pelo adversário.
Aos 33 minutos, a paciência corintiana foi recompensada. Em jogada ensaiada, Garro cobrou falta rapidamente e encontrou Matheuzinho pelo lado direito. O lateral-direito observou a movimentação na área e cruzou na medida para Memphis Depay, que subiu sozinho e cabeceou com precisão, vencendo Weverton e explodindo a Neo Química Arena.
O gol representava muito mais que a vantagem no placar. Era a quebra de um jejum de dez clássicos do holandês, que finalmente correspondia às expectativas da torcida em um momento decisivo.
Polêmica e tensão final
O rival não se conformou com a desvantagem e respondeu rapidamente. Aos 36 minutos, em cobrança de falta ensaiada, Gustavo Gómez escorou para Maurício, que deixou tudo igual com bela finalização. A comemoração, no entanto, durou pouco.
O VAR identificou posição irregular de Gustavo Gómez no momento do passe, e o gol foi anulado por impedimento. A decisão gerou tumulto no gramado, com jogadores dos dois times se desentendendo e a tensão tomando conta dos minutos finais.
O rival sentiu o golpe psicológico da anulação e não conseguiu mais criar chances reais de perigo. O Corinthians, por sua vez, administrou a vantagem com inteligência, controlando o ritmo da partida até o apito final.
Destaques individuais
Memphis Depay foi o grande nome da partida. Além do gol decisivo, o holandês mostrou movimentação inteligente e participou ativamente da criação de jogadas ofensivas. Sua atuação representou uma resposta às críticas e consolidou sua importância no esquema tático de Dorival Júnior.
Weverton foi outro destaque, mesmo no time derrotado. O goleiro rival fez defesas importantes, especialmente no pênalti de Yuri Alberto, e manteve sua equipe viva na partida até os minutos finais.
André Ramalho e Gustavo Henrique formaram uma dupla defensiva sólida para o Corinthians, neutralizando as principais ameaças ofensivas palmeirenses e demonstrando a evolução defensiva do time sob comando de Dorival.
Desdobramentos
Com a vitória por 1 a 0, o Corinthians obteve vantagem importante para o jogo de volta, marcado para a próxima quarta-feira no Allianz Parque. O Timão pode empatar e ainda assim se classificar para as quartas de final da Copa do Brasil.
O rival, por sua vez, precisa vencer por dois gols de diferença para avançar diretamente. Caso vença por apenas um gol, a decisão será nos pênaltis, cenário que pode favorecer qualquer uma das equipes.
Antes do confronto decisivo, as duas equipes voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro no domingo. O Corinthians recebe o Fortaleza às 16h na Neo Química Arena, enquanto o rival visita o Vitória às 20h30 no Barradão.
Para o Timão, a vitória representa mais que um resultado positivo. É a confirmação de que Memphis Depay finalmente se adaptou aos clássicos brasileiros e pode ser decisivo nos momentos mais importantes da temporada. A confiança renovada do holandês pode ser fundamental para as pretensões do clube na Copa do Brasil e no Brasileirão.
O resultado coloca o Corinthians em posição confortável para buscar uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil, competição que representa uma das principais metas da temporada. Com Memphis desencantado em clássicos, o Timão sonha alto na luta pelo título nacional.
