Os Gaviões da Fiel divulgaram nota oficial na tarde de 23 de maio para requerer o afastamento imediato do presidente Augusto Melo, indiciado por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro no caso “VaideBet”. Em mais de 55 anos de história, a organizada jamais havia solicitado a saída de um dirigente, o que evidencia a gravidade do momento administrativo vivido pelo Sport Club Corinthians Paulista.
Motivos para afastamento presidente Augusto Melo
Segundo o comunicado, a medida é imprescindível para “preservar a imagem do Corinthians” e evitar que as denúncias impactem ainda mais a instabilidade financeira e institucional do clube. O texto menciona a necessidade de “evitar problemas que hoje recaem sobre o presidente” e reforça que “o Corinthians é maior que qualquer dirigente”. Além disso, os Gaviões exigem prestação de contas imediata e apresentação de um plano de recuperação orçamentária, com cronograma claro para a quitação da arena e alterações no estatuto.
Em nota, os líderes da organizada afirmaram:
“Nenhum cargo, nenhuma pessoa, está acima da nossa história, da nossa tradição e do amor de milhões de corinthianos espalhados pelo mundo.”
A declaração reforça o compromisso de fiscalização contínua por parte da torcida.
O indiciamento de Augusto Melo foi confirmado após investigação da Polícia Civil concluir que recursos de patrocínio teriam sido desviados, com parte dos valores vinculados a movimentações suspeitas decorrentes da VaideBet.
Reação do Conselho e próximos passos
A votação sobre o impeachment de Augusto Melo ocorrerá em assembleia do Conselho Deliberativo no dia 26 de maio. Fontes internas indicam clima de forte pressão para acelerar o rito, que já foi tema de reuniões anteriores e chegou a ter sessão suspensa em janeiro, após empate na admissibilidade do processo.
A mobilização dos Gaviões pode influenciar o voto de conselheiros, que agora enfrentam a oposição de um dos grupos de torcida mais influentes do país. Caso o pedido não seja acolhido, a organizada promete intensificar protestos no Parque São Jorge e ações durante treinos e jogos.
Implicações para o clube
A crise expõe fragilidades de governança no futebol brasileiro e reacende debates sobre transparência e responsabilidade fiscal. Com 2026 se aproximando e contratos de patrocínio em renegociação, o Corinthians corre o risco de comprometer receitas importantes caso o impasse persista.
O desfecho do processo poderá definir não apenas o futuro de Augusto Melo, mas também o modelo de gestão do clube nos próximos anos, influenciando torcedores, patrocinadores e o mercado esportivo.
Leia a importante nota na íntegra: