O Corinthians empatou por 1 a 1 com o Palmeiras neste domingo (31), na Neo Química Arena, pela 22ª rodada do Brasileirão. Vitor Roque abriu o placar para o rival, mas gol contra de Piquerez garantiu o empate alvinegro em partida de desempenho irregular do Timão.

O sétimo e último dérbi da temporada chegou em momento delicado para ambas as equipes. O Corinthians, sob comando de Dorival Jr., ocupava a 12ª posição com 25 pontos, enquanto o Palmeiras, de Abel Ferreira, buscava diminuir a distância para os líderes Flamengo e Cruzeiro.
A Neo Química Arena recebeu mais um clássico paulista em 2025, igualando o número de confrontos diretos ao registrado em 2000. Desde 1999, quando houve oito encontros, não se via tantos dérbis em uma única temporada.
Primeiro Tempo: Palmeiras Superior
O Verdão mostrou superioridade técnica desde os minutos iniciais. Com posse de bola consistente e movimentação ofensiva organizada, a equipe de Abel Ferreira rondou constantemente a área corinthiana.
Aos cinco minutos, Vitor Roque quase abriu o marcador. O atacante foi lançado pela esquerda, cortou a marcação e finalizou rasteiro, obrigando Hugo Souza a fazer boa defesa.
O gol palmeirense saiu aos 14 minutos. Vitor Roque fez a parede dentro da área, ficou no chão na disputa com Gustavo Henrique, e a bola sobrou para Flaco López. O argentino foi derrubado por Charles, configurando pênalti claro. Na cobrança, Vitor Roque bateu forte no canto alto direito, sem chances para Hugo Souza.
O empate corinthiano veio aos 25 minutos, em lance fortuito. Garro cobrou falta na área, Gustavo Henrique cabeceou para o meio, e a bola desviou na cintura de Piquerez, ganhando direção inesperada rumo ao gol de Weverton.
Segundo Tempo: Ritmo Cadenciado
A segunda etapa teve ritmo mais baixo, com poucas oportunidades claras. O Palmeiras seguiu com maior posse de bola, mas sem a mesma intensidade ofensiva do primeiro tempo.
Aos 11 minutos, Maurício desperdiçou grande chance palmeirense. Lançado por Aníbal Moreno nas costas da defesa corinthiana, o meia invadiu a área sozinho, mas finalizou em cima de Hugo Souza.
Dorival Jr. promoveu alterações buscando maior equilíbrio tático. Cacá entrou no lugar de Charles, Ryan substituiu Maycon, e Talles Magno assumiu a vaga de Gui Negão. As mudanças trouxeram mais organização defensiva, mas não geraram oportunidades ofensivas consistentes.
Destaques Individuais
Vitor Roque foi o principal nome palmeirense. Além do gol de pênalti, o atacante mostrou movimentação inteligente e participação constante nas jogadas ofensivas. Sua atuação demonstra adaptação crescente ao futebol brasileiro.
Hugo Souza salvou o Corinthians em momentos decisivos. O goleiro fez defesas importantes, especialmente no primeiro lance de perigo criado por Vitor Roque, mantendo o Timão vivo na partida.
Memphis Depay teve atuação discreta. O holandês não conseguiu imprimir seu estilo de jogo ao meio-campo corinthiano, ficando isolado taticamente e com poucas participações efetivas.
Gustavo Henrique teve papel fundamental no gol de empate. Além da cabeçada que originou o desvio de Piquerez, o zagueiro mostrou segurança defensiva em momentos de pressão palmeirense.
Análise Tática
O Palmeiras dominou as ações com esquema 4-2-3-1 bem estruturado. Abel Ferreira manteve Felipe Anderson e Maurício nas pontas, dando liberdade criativa ao setor ofensivo. A dupla de volantes Aníbal Moreno e Lucas Evangelista controlou o meio-campo, garantindo superioridade numérica na transição defensiva.
O Corinthians adotou postura mais reativa, buscando transições rápidas através de Memphis Depay e Garro. A linha defensiva com três zagueiros (André Ramalho, Gustavo Henrique e Charles) funcionou parcialmente, mas deixou espaços nas laterais explorados pelo adversário.
A estratégia corinthiana de cobranças de falta mostrou-se eficiente. Garro demonstrou qualidade técnica nas bolas paradas, criando o lance do gol de empate e outras oportunidades durante a partida.
Desdobramentos
Com o empate, o Corinthians chegou aos 26 pontos, ocupando a 11ª posição na tabela do Brasileirão. O resultado mantém o Timão no meio da classificação, mas demonstra evolução tática sob comando de Dorival Jr.
O Palmeiras alcançou 43 pontos e perdeu oportunidade de diminuir distância para os líderes. O terceiro lugar ainda está consolidado, mas a competição pela ponta da tabela exige maior consistência ofensiva.
O saldo de 2025 entre os rivais fica equilibrado: três vitórias corinthianas, uma palmeirense e três empates. Os números refletem paridade técnica entre as equipes ao longo da temporada.
Próximos Compromissos
O Corinthians volta a campo no dia 10 de setembro, recebendo o Athletico-PR na Neo Química Arena pelas quartas de final da Copa do Brasil. O confronto representa oportunidade de classificação às semifinais da competição nacional.
O Palmeiras enfrenta o Internacional no dia 13 de setembro, no Allianz Parque, pela sequência do Brasileirão. O duelo contra o Colorado será fundamental para manter pressão sobre os líderes da competição.
Para o Timão, o empate representa ponto positivo na construção de confiança tática. A equipe mostrou capacidade de reação em momentos adversos, característica fundamental para os desafios vindouros da temporada.