O ofício protocolado na quinta-feira, 23 de maio, detalha que a expulsão de Rozallah Santoro se baseia no voto pela reprovação das contas do clube em 2024, descumprimento de funções como diretor financeiro e falha no acompanhamento do caso Matias Rojas. Segundo Melo, o ex-diretor não apresentou projeções orçamentárias nem publicou demonstrações financeiras mensais, deixando também de honrar um acordo de R$ 1,7 milhão com o atleta, apesar de saldo em caixa superior a R$ 3,7 milhões. O não pagamento levou à rescisão unilateral do contrato, gerando “prejuízo de mais de 8 milhões de dólares” aos cofres corinthianos.
Após o envio do ofício, o Conselho de Ética tem prazo de 30 dias para instauração de processo disciplinar. A expulsão do ex-diretor financeiro pode esvaziar ainda mais o quadro social e refletir na próxima eleição para presidente. Dirigentes consultados afirmam que a medida visa não apenas apurar responsabilidades, mas também demonstrar compromisso com a transparência financeira.
Em nota enviada a veículos de imprensa, Rozallah Santoro afirmou que “Augusto Melo, para variar, mente” e atribuiu ao presidente a responsabilidade pelos prejuízos. “Você é o presidente que teve as contas reprovadas e arrastou o Corinthians para as páginas policiais”, disse o ex-diretor, ressaltando que foi o presidente quem assinou o contrato de Matias Rojas e direcionou fundos para outras despesas.
Especialistas em gestão esportiva destacam que a crise interna no Corinthians pode afetar negociações futuras e a credibilidade junto a investidores. A reprovação das contas e o pedido de expulsão demonstram dificuldades em equilibrar receitas e despesas, especialmente em temporada com alto investimento em reforços.
O Conselho Deliberativo ainda não definiu data para audiência com Rozallah Santoro. Caso seja aberto processo, o ex-diretor terá direito a ampla defesa. Paralelamente, o clube avalia revisão de contratos vigentes e reforço nas auditorias internas.
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